As
oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25),
em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: deflagrarão
uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho,
com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a
pauta de reivindicações da classe trabalhadora.
Estiveram
reunidas a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),
a Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral de
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova
Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos
Trabalhadores do Brasil (CGTB), CSP-Conlutas e Força Sindical
(FS).
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Oito centrais sindicais
(CTB, CUT, FS, Conlutas, NCST, CGTB, UGT e CSB)
unificam pauta dos trabalhadores
|
A
reunião das centrais antecedeu o encontro que seus representantes
terão com a presidenta Dilma Rousseff, na quarta-feira, em Brasília.
Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o
movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país
tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por
mudanças.
“Nosso
papel será levantar as bandeiras de luta da classe trabalhadora e
incorporar as reclamações das ruas. Nós vemos com bons olhos o que
está acontecendo no país e já temos há tempos uma proposta de
concreta para que o Brasil se desenvolva”, afirmou o dirigente da
CTB, referindo-se à Agenda da Classe Trabalhadora, documento
formulado pelas centrais em 2010, durante a segunda Conferência
Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).
Luta
pela democracia e pelos direitos trabalhistas
Ao
encerramento da reunião, as centrais definiram que o 11 de julho
será chamado de Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a
partir do lema “Pelas Liberdades Democráticas e pelos Direitos dos
Trabalhadores”.
As
lideranças sindicais também definiram nove bandeiras de luta como
fundamentais na atual conjuntura. A lista abaixo será entregue à
presidenta no encontro desta quarta-feira e ganhará destaque em cada
parasalição que será realizada em 11 de julho:
-
Fim do fator previdenciário
-
10% do PIB para a Saúde
-
10% do PIB para a Educação
-
Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de
salários
-
Valorização das Aposentadorias
-
Transporte público e de qualidade
-
Reforma Agrária
-
Mudanças nos Leilões de Petróleo
-
Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.
Paralisações
Após
a reunião com Dilma, os representantes das centrais voltarão a se
reunir nos próximos dias para acertar os detalhes das paralisações
que devem parar o Brasil no dia 11 de julho.
Para
Pascoal Carneiro, será importante a regionalização dos atos, no
sentido de interromper, nem que seja por algumas horas, os principais
centros produtivos do país. “Iremos demonstrar nossa capacidade de
articulação e contribuir para que essa onda de manifestações tome
um rumo progressista, no sentido de trazer melhorias concretas para a
classe trabalhadora e de impedir que qualquer movimento
antidemocrático ganhe força perante a sociedade”.
Fonte:
CTB
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