A Comissão Nacional dos Funcionários (CNFBNB) e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) se reuniram na última sexta-feira (15/7), em Fortaleza (CE), para a segunda rodada de negociação específica da campanha salarial 2022. O debate se concentrou na continuidade da discussão das cláusulas sociais da minuta de reivindicações do funcionalismo.
Na mesa, os representantes dos funcionários solicitaram a mudança dos valores de referência para participação nos Lucros e resultados (PLR) e 13º salário, adotando como base a média das remunerações mensais de cada exercício ou a remuneração do mês de dezembro, o que for mais vantajoso, para o funcionário. O BNB ficou de avaliar.
Os representantes do banco ficaram de analisar também, o pedido para que fosse incluído nas ausências legais o luto para filhos natimortos e o abono das horas não trabalhadas, em casos de tratamento fisioterápico. Em muitas cidades, sobretudo no interior, muitas vezes não há profissionais credenciados e o funcionário tem que se deslocar para outra localidade para realizar o tratamento, o que leva o bancário a chegar mais tarde no trabalho.
A CNFBNB reivindicou ainda que o banco aumente o número de faltas abonadas para a doação de sangue. Hoje, o abono para doações é limitado a dois por ano, um a cada seis meses. Os dirigentes sindicais solicitaram que fossem permitidas doações de quatro em quatro meses para homens. O banco ficou de analisar a questão.
PCR, crédito e teletrabalho
Na reunião, a CNFBNB enfatizou também a necessidade urgente de uma revisão com aumento de níveis no Plano de Cargos e Remuneração (PCR), visto que muitos funcionários já atingiram o nível máximo e não progridem mais na carreira, gerando várias distorções. Diante da reivindicação, o BNB se comprometeu a levantar esse debate num momento mais apropriado e abrir um canal de diálogo com as entidades para fazer o levantamento de números e propostas para o governo federal.
Na continuidade dos debates, o banco negou a adoção de condições especiais de créditos para os funcionários, mesmo diante do cenário econômico difícil, sob a alegação de que teme o endividamento ainda maior dos trabalhadores. Os representantes dos bancários insistiram na reivindicação e sugeriram a criação de um programa de renegociação das dívidas dos funcionários.
Os bancários solicitaram também que as mulheres que estejam voltando da licença maternidade tenham preferência para o teletrabalho. Os representantes do banco disseram que a modalidade de teletrabalho é ofertada por interesse da empresa e que essas são situações específicas, que são tratadas da forma mais empática possível.
Por fim, foi solicitado o abono de horas não trabalhadas para pais de filhos com necessidades especiais, pois às vezes, o tratamento precisa da presença dos pais para evolução do quadro das crianças. O BNB alegou que já existe a compensação de horas para esses casos.
O debate da pauta de reivindicações segue na terceira rodada de negociação, marcada para o dia 29 de julho, em Fortaleza.
Fonte: feebbase.com.br
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