Uma conta sem sentido que comprova que a Caixa não está nem aí para os empregados. Em negociação realizada nesta quarta-feira (22/07), em Brasília, os bancários cobraram o cumprimento do acordo aditivo da campanha salarial 2014, que garante a contratação de 2 mil funcionários.
Reivindicaram ainda a reposição daqueles que aderiram ao PAA (Plano de Apoio à Aposentadoria). A direção do banco afirma que vai manter a palavra e convocar os aprovados, como prevê o acordo. Pura enrolação.
Neste ano, a Caixa quase não contratou. Para piorar, reduziu o quadro de trabalhadores. Os números comprovam. O banco começou o ano com 101 mil empregados e junho tinha 97.975. Ou seja, mesmo que convoque 2 mil aprovados o quadro de pessoal sobe 99.975, muito distante dos 103 mil previstos no acordo.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia e membro da Coordenação Nacional da CTB-Bancários, Augusto Vasconcelos, chama atenção para o descaso. "A falta de reposição dos trabalhadores que saíram no PAA revela o desrespeito da empresa com funcionários e clientes. As agências estão cada vez mais abarrotadas e centenas de pessoas aprovadas em concurso aguardam a convocação".
Outras reivindicações
Os problemas da Caixa vão além das contratações e outras demandas foram cobradas da direção da empresa, durante negociação de quarta-feira (22/07). O fim do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), programa que contribui para a cobrança individualizada de metas e concorrência entre bancários das gerências médias, foi um dos tópicos levantados e recusados pela empresa, que promete ainda ampliar a cobrança para todos os setores.
O Processo Seletivo Interno, conquista dos empregados, mas que não tem garantido condições justas para a ascensão profissional, também esteve entre as propostas de modificações.
O banco não aceitou a sugestão dos empregados, que querem criar uma comissão paritária para debater formas de PSI e se mostrou intransigente quanto a mudanças no processo de seleção.
Na pauta, esteve ainda a revogação da falta não justificada para quem aderiu aos Dias de Luta de 27 de fevereiro, 15 de abril e 29 de maio. A prática é antissindical e os bancários podem entrar na Justiça caso a Caixa não volte atrás na decisão.


Nenhum comentário:
Postar um comentário