As negociações salariais do primeiro semestre foram positivas, tendência que deve ser confirmada com as campanhas salariais em andamento no segundo semestre. Categorias fortes, como bancários, petroleiros e metalúrgicos estão em processo negocial com os patrões e esperam arrancar um bom resultado, como ocorrido entre janeiro e junho.
Cerca de 85% das 328 negociações analisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) conquistaram aumento real dos salários. Outros 7% garantiram reajuste igual a inflação do período e apenas 8,5% ficaram abaixo do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).
Na comparação entre os setores econômicos, o comércio foi o que apresentou o maior percentual de reajustes acima da variação da inflação. Cerca de 98% das 45 negociações conquistaram ganhos reais para os salários. Na indústria, o índice de reajustes acima da inflação foi de 85%, de um universo de 142 reajustes pesquisados, e nos serviços, 79%, de um total de 141 reajustes salariais.
Reajustes em valores idênticos à variação do INPC-IBGE foram mais frequentes no setor de serviços, observados em 11%, e, em menor escala, na indústria, cerca de 5%. No comércio não foram registrados reajustes iguais à inflação.
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