Como de costume, as negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) começaram muito mal. Nem mesmo a iniciativa do Comando Nacional, que chegou à primeira rodada, nesta quinta-feira (08/08), em São Paulo, com uma fita preta em protesto às vítimas da violência sofrida nas agências foi capaz de sensibilizar os banqueiros.
Os debates foram longos e a negociação, que começou pela manhã, se estendeu até a noite. Mas, nada avançou. O Comando Nacional dos Bancários fez explanação sobre saúde e condições de trabalho, com o crescente número de funcionários afastados por conta de doença do trabalho e a necessidade em se investir em medidas preventivas.
Apesar de as metas cada vez maiores serem responsáveis diretas pelas enfermidades, a Fenaban informou que o assunto é parte da gestão dos bancos, portanto não discute “com elementos externos”. O Comando, no entanto, manteve uma postura firme e não cedeu aos argumentos.
O secretário-geral da Federação da Bahia e Sergipe, Ermelino Neto, presente na reunião, disse que o fato, sentido pelos banqueiros, mostra que a categoria está firme e disposta para arrancar avanços efetivos na campanha salarial. As negociações sobre saúde continuam nesta sexta-feira (09/08), a partir das 9h30.
Sobre segurança, os bancários mostraram os dados com o aumento das ocorrências, inclusive de seqüestro e mortes e lembrou que a insegurança atinge a toda a sociedade, portanto é preciso investir efetivamente em medidas de prevenção, o que não acontece. Também foi denunciado o descumprimento da lei 7.102/83, que trata do transporte de numerário. Mais uma vez, a Fenaban se recusou a debater o assunto.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia
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